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STJD PUNE SANTOS COM MULTA E JOGOS SEM TORCIDA APÓS TUMULTO E VIOLÊNCIA EM PARTIDA CONTRA O CORINTHIANS

Alô Nação Santista! Saudações Alvinegras!

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), julgou nesta quarta-feira, (10), os acontecimentos ocorridos na partida entre Santos e Corinthians na Vila Belmiro, partida válida pela Copa do Brasil, realizada no dia 13 de Julho
Ao final da partida, objetos foram atirados no campo, sinalizadores acesos e bombas, foram arremessados das arquibancadas para dentro do gramado, torcedores invadiram o campo sendo que um deles tentou agredir o goleiro rival Cássio, com uma voadora pelas costas.
Antes do início do julgamento, havia uma grande apreensão por parte da diretoria do Santos, pois o episódio poderia render severas punições, como multas que poderiam chegar a R$ 100 mil, além da perda de mando de até dez jogos.

Ao todo, cinco pessoas votaram, incluindo o presidente da comissão, Luis Procópio, que fez questão que ficasse registrado que a punição mais eficaz, seria a de 10 jogos com portões fechados. “Foi um caso grave que merece essa aplicação de portões fechados em caso de violência.
O Santos foi representado pelo advogado Marcelo Mendes, e o auditor do caso foi Rodrigo Raposo – responsável por enumerar os fatos acontecidos na Vila Belmiro.

Provas de vídeo foram exibidas pela procuradoria.
Na exibição, as imagens mostraram bombas sendo arremessadas no gramado, a saída de Cássio e a invasão do torcedor que o agrediu, além do gramado da Vila Belmiro cheio de pessoas, fruto das invasões, após o apito final.

 

Na sequência, a defesa do clube exibiu uma prova de vídeo, em que constava a revista feita aos torcedores na entrada do estádio – procedimento padrão da polícia.
O advogado do Santos voltou a argumentar, afirmando que o clube fez seu trabalho de repressão, como campanhas permanentes e a exclusão de um dos invasores do plano de sócios do time da Baixada Santista. O Santos pediu que o policiamento fosse feito pela polícia de São Paulo pelo risco do jogo. Isso foi feito. Mostra que a parte de prevenção existiu, mas não foi suficiente. O clube faz campanhas permanentes, mas algumas situações específicas acontecem. Não é permitido entrar com bombas no estádio, mas a revista foi feita pela polícia.

Após a explanação dos argumentos apresentados e algumas réplicas, os votos para o julgamento aconteceram.

Ao final do julgamento o resultado final decretou:

R$ 5 mil de multa pelos sinalizadores (descaracterização para o artigo 191)
– R$ 20 mil de multa e um jogo de portão fechado pelo arremesso das bombas no artigo 213 (inciso 3).
– R$ 10 mil de multa e um jogo de portão fechado pelas invasões no artigo 213 (inciso 2).
Total: multa de R$ 35 mil e dois jogos com portões fechados na Copa do Brasil 2023.

Advogado do Santos, Marcelo Mendes, comentou o resultado do julgamento:

“Não tem como ficar totalmente satisfeito.
O clube fez um trabalho muito bom de prevenção e repressão, principalmente identificando os invasores.
Vou conversar com a diretoria.
Não foi de todo ruim, mas esperávamos um resultado melhor. Vamos sentar e pensar na possibilidade de entrar com um recurso. O regulamento determina que essas perdas de mando são cumpridas em campeonatos da mesma natureza, então fica para a Copa do Brasil do ano que vem”.

O Santos estuda a possibilidade de recorrer da decisão e da viabilidade de cobrar a multa dos invasores.

(Crédito de Imagem: Fernanda Luz/Agif/Folhapress)

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