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Por que eu apostaria minhas fichas no PH Ganso?

Alô Nação Santista! Saudações Alvinegras!

Não é segredo para ninguém, que após acertar a venda do atacante Soteldo ao Toronto, do Canadá e finalmente estar livre do Transfer Ban imposto pela FIFA, em decorrência da dívida com o Huachipato, pela compra do jogador em 2019, o Santos está novamente em busca de reforços para o seu elenco.
Dentre alguns possíveis reforços que nas próximas horas podem chegar a Vila Belmiro, está um velho conhecido da torcida!
Um Ex-menino da vila, que deixou o Santos e sua torcida, com uma mágoa que ambos, (Jogador e torcida), terão que demonstrar que querem superar!

A relação entre Santos e Ganso começou a ficar estremecida em 2010, quando o clube desistiu de apresentar ao jogador um plano de carreira semelhante ao oferecido a Neymar. A diretoria santista voltou atrás no “acordo” após o atleta sofrer uma grave lesão no joelho. Na ocasião, o jogador se sentiu desvalorizado pelo clube, já que a diretoria santista não o procurou durante todo o processo de recuperação. Além disso, o Santos esquentou a briga na Justiça com a DIS, braço esportivo do Grupo, e detentora de 55% dos direitos econômicos do meia.

 Como diz o velho ditado: “Na briga do Rochedo com o Mar, quem paga o pato é o Marisco”, uma campanha injusta e mentirosa, começou a ser orquestrada por pessoas que por interesse em uma negociação para que a venda do jogador ocorresse, absurdo que envolvia até entradas para um Show da Madonna, começaram a queimar a imagem do jogador com a torcida, transformando o torcedor Santista em “Massa de Manobra”, jogando a torcida contra o Ganso assim com o próprio São Paulo, tempos antes já havia feito o mesmo com o jogador Kaká.

A pressão foi tanta, que após ter duas propostas (uma de R$ 11 milhões e outra de R$ 13 milhões) por 45% dos direitos econômicos do jogador recusada pelo Santos, o clube do Morumbi resolveu pagar os R$ 23,8 milhões equivalentes a porcentagem do Santos e bateu o martelo!
Magoado com a maneira como foi tratado no Santos, por uma diretoria que se mostrou incapaz de gerir a carreira de um talentoso e raro camisa 10, transformando a imagem de um patrimônio do clube em “Mercenário” PH Ganso magoado com tudo o que ocorreu, inclusive uma “Chuva de Moedas” em seu último jogo na Vila Belmiro, na raiva e de cabeça quente, desandou a falar o que não devia e o que não sentia de verdade!
O verdadeiro sentimento pelo Santos, é o de um menino que na noite em que acertou sua saída do clube, chorando copiosamente ao volante do seu carro, deu três voltas no entorno do Estádio Urbano Caldeira, e se despedindo daquela que por anos foi sua casa, jurou que um dia voltaria ao Santos!

É claro que o Paulo Henrique Ganso, hoje com 31 anos, está muito longe de ser aquele menino da Vila, que jogando pelo Alvinegro Praiano nos anos de 2011 e 2012, encantava a todos com seu futebol, formando possivelmente a melhor dupla de sua carreira ao lado do amigo Neymar.

Porém acredito que no Santos, sua verdadeira casa onde dentre todos os clubes por que passou, São Paulo (2012–2016), Sevilla (2016–2019), Amiens (empréstimo) (2018–2019), e Fluminense (2019–2021), foi onde teve seu melhor momento, e jogou seu melhor futebol, onde jogou 162 jogos com a camisa alvinegra, com 36 gols, três títulos paulistas (2010/11/12), uma Copa do Brasil (2010) e uma Copa Libertadores da América (2011), Paulo Henrique Ganso possa voltar a jogar em um nível que o meio de campo do Santos precisa e hoje não tem, além de readquirir sua alegria em jogar bola!

Ganso é um jogador aplicado, e suas passagens apagadas por times europeus não fazem jus ao seu enorme talento! No Fluminense seu atual clube, Ganso tem a admiração de seus companheiros, diretoria, comissão técnica e funcionários pela postura e ótimo trato!
O camisa 10 é visto nas Laranjeiras como um espelho e mentor dos Moleques de Xerém, que chegam ao profissional.

Se as negociações para uma possível volta ao Santos realmente se concretizarem, o camisa 10, posição carente e ainda não suprida no Santos após a saída do Diego Pituca, irá reencontrar Fernando Diniz, treinador com que viveu sua melhor fase e sequencia de jogos no Fluminense quando em 2019, ele era titular da camisa 10 e esteve em campo durante 4.094 minutos em 47 jogos, sendo titular em 45. Na época, também foi bem mais decisivo: fez cinco gols, deu uma assistência e chegou a ser o líder de passes para finalizações!

Acredito que no Santos, vestindo o manto novamente, essa camisa que é mágica, possa recupera-lo como já fez com outros jogadores que acolhemos de braços abertos quando voltaram ao Santos!
Não podemos analisar ou julgar a carreira do PH Ganso, sem antes creditarmos alguns fatores que até hoje acometem novos talentos!

“Desde a base se cria uma expectativa absurda em torno destes jogadores, com dirigentes alimentando na imaginação dos torcedores, que em breve verão surgir da base, um novo craque, um novo “Raio”, quase um novo Pelé.
Alguns jogadores com uma personalidade mais forte, não se deixam atingir por isso, porém alguns jogadores acabam sendo mais sensíveis à pressão e a opinião alheia, e desestimulados não rendem mais o que poderiam.
Esses jogadores podem voltar a render o que rendiam pois são craques, sem dúvida alguma.
Mas é preciso que se comece por parte dos dirigentes, a dar aos jogadores que acabam sentindo a pressão mais do que os outros, o suporte que necessitam, principalmente no que diz respeito ao lado psicológico e emocional.

(Crédito Imagem: Gazeta Press)

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