Do início ao fim, uma administração marcada por lambanças e trapalhadas!
Alô Nação Santista! Saudações Alvinegras!
Como desagradar todo um elenco, com um “Errinho” de porcentagem!
Era para pagar 70% e cortar 30%?
Ou era para pagar 30% e cortar 70%?
Perplexidade e surpresa!
Foram esses os sentimentos que tomaram conta do elenco Santista, ao constatarem o valor de seus saldos bancários, perante aquilo que esperavam que o Clube fosse depositar.
O que ocorreu foi que o Presidente do Santos Futebol Clube, senhor José Carlos Peres, resolveu por conta e risco, como sempre faz com tudo, reduzir em 70%, o salário dos jogadores do elenco profissional, assim como os salários de todos os profissionais das comissões técnicas (Profissional e Base), e de grande parte dos demais funcionários, pelo período de pelo menos três meses, respectivamente os meses de abril, maio e junho. Redução essa, baseada nos problemas financeiros de fluxo de caixa, devido a paralisação das atividades do clube por conta da Pandemia causada pelo novo coronavírus, Covid-19.
A revolta de todos no clube, principalmente por parte dos atletas profissionais, se dá pelo fato de não ter ocorrido, uma conversa ou negociação entre a Diretoria do clube e os jogadores!
Até porquê, uma conversa preliminar a qual é bom que se ressalte, não houve prosseguimento, falava em uma possível redução que no máximo estaria na casa dos 30%, e não o contrário que foi feito, de pagar só 30%.
O Mandatário Santista, alega que por conta da pandemia do novo coronavírus, com a paralisação forçada de todas as atividades, o Santos tem apenas 30% das receitas, e só conta com esse percentual para saldar todos os compromissos que precisa quitar.
Até o presente momento, existe apenas uma determinação de que apenas os funcionários que tiverem vencimentos no máximo na casa dos R$ 6 mil reais, não sofrerão redução salarial.
Já os demais desse teto para cima, terão que se enquadrar na nova realidade financeira, imposta pela falta de recursos!
A verdade: É que existe sim um entendimento e bom senso por parte de jogadores e membros das respectivas Comissões Técnicas, perante a situação não só do futebol Brasileiro, como de todas as modalidades esportivas que hoje encontram-se completamente paradas!
Os profissionais do Santos, não são insensíveis às dificuldades do clube, em nesse momento, poder honrar com valores com os quais antes da pandemia, já encontrava dificuldades para honrar!
A questão não é não aceitarem um corte em seus salários e direitos de imagem, mas sim, quererem impor um corte desse tamanho 70%, bem superior aos 30% que teria sido anteriormente conversado com a Diretoria!
Isso sem contar, o fato de os atletas garantirem que não foram comunicados desse corte, bem maior do que poderiam prever, e só receberam o holerite já com o desconto incluído.
Os jogadores do Santos, não gostaram nem um pouco do ocorrido, e inclusive muitos deles, chegaram a manifestar publicamente em suas contas pessoais em redes sociais, todo o seu descontentamento com a atitude do Presidente José Carlos Peres.
Um manifesto redigido pelo “Sindicato dos Atletas profissional de São Paulo”, tecendo duras críticas referentes a redução dos salários realizado pelo Santos, chegou a ser postado por alguns atletas.
Confira na íntegra o conteúdo da nota
Mais uma vez a relação profissional entre o clube e seus jogadores, é abalada pela equivocada e atrapalhada, gestão do atual presidente que como muitos afirmam, não tem competência nem para gerenciar um “Carrinho de Pipocas”
Neste imbróglio, (Mais um por sinal), o panorama mais sombrio seria outra debandada de jogadores como ocorreu ao final da Gestão Laor / Odir, quando alguns dos principais jogadores daquele elenco, entraram na justiça e deixaram o clube!
O problema é que nesta atual situação, os jogadores poderiam pedir rescisão unilateral dos contratos de trabalho e pegarem seus passes livres, além do Clube ter de devolver o que não pagaram, e ainda pagar a multa das rescisões contratuais.
Ciente da repercussão extremamente negativa e danosa, causada por sua atitude, o Presidente José Carlos Peres tratou de correr e mandou emitir uma nota, com o claro intuito de dizer que a coisa não teria sido bem assim, e que só depositou apenas 30% dos vencimentos neste mês pois ainda não havia chegado a um acordo com o elenco sobre a redução salarial.
Nota de Esclarecimento – Medidas de enfrentamento da crise Covid-19
O Santos Futebol Clube vem a público esclarecer que ainda não houve desfecho nas negociações de redução salarial com os atletas, e que, independentemente deste fato, optou por tomar a decisão de efetuar o pagamento parcial de seus respectivos salários referentes ao mês de abril, sob a mesma política adotada para todos os demais funcionários do Clube. As negociações com os atletas seguirão em andamento, com o intuito de encontrar um denominador comum entre as partes.
Diante desta pandemia do novo Coronavírus e todas as complicações por ela geradas, o Santos FC tem feito o possível para atender todo o quadro de funcionários, terceiros e fornecedores. Mesmo em estado de calamidade pública e com importantes receitas suspensas, aproximadamente 60% dos funcionários receberam seus salários integralmente.
De acordo com a declaração dada pelo mandatário Santista, a redução no salário dos jogadores teve por finalidade, proporcionar ao clube uma maneira de não precisar realizar cortes nos salários do restante dos funcionários que recebem menos de R$ 6.000 mil, que segundo o próprio presidente, representariam algo em torno de 80% da folha de pagamentos do clube! O objetivo é o de tentar ao máximo, fazer com que o clube possa passar por esse momento difícil, sem ter que recorrer a demissões, se possível honrando com o salário integral para boa parte dos funcionários do clube!
Vamos esperar e acompanhar o desenrolar dos fatos, e os possíveis desdobramentos que essa redução de salários, poderá ocasionar ao Santos!
(Crédito: Imagem: Ivan Storti/Santos FC)