Promessa da base do Santos acerta com Clube de Portugal
Alô Nação Santista! Saudações Alvinegras!
Canhoto, alto, dono de um porte físico diferenciado, e com apenas 19 anos, o zagueiro Matheus Guedes foi mais um jogador formado nas categorias de base do Santos, que seduzido pelo “Sonho Europeu”, deixa o clube sem render ao menos o suficiente para repor os gastos que o Santos teve em sua formação!
O jogador que estava sem contrato com o Santos desde o início de abril deste ano, foi apresentado na última terça-feira como novo reforço do Portimonense, de Portugal.
Matheus Guedes foi chamado diversas vezes para treinar junto ao elenco profissional do clube, mas não chegou a vestir a camisa alvinegra. O Zagueiro costumava ser destaque nas equipes de base do Santos. Matheus foi promovido ao elenco profissional do alvinegro em novembro de 2017, mas não chegou a estrear. Sem espaço nessa temporada, ele foi utilizado na equipe sub-20 e sub-23.
Buscando se resguardar como clube formador através da Lei Pelé, o Peixe registrou em cartório, uma proposta de renovação para o jogador, e mandou o documento para a Federação Paulista de Futebol (FPF) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), mas o jogador não aceitou a proposta.
A legislação nacional dá a preferência ao formador na primeira renovação do contrato profissional de um atleta. Matheus Guedes se tornou profissional há três temporadas, aos 16 anos.
Antes de acertar sua negociação com o clube Português Matheus Guedes chegou a estar perto da Roma, da Itália, mas a saída do diretor esportivo Monchi, que voltou ao Sevilla, atrapalhou a negociação.
“Tive a oportunidade de ir jogar na Roma, mas não aconteceu. O Portimonense veio e fez uma boa proposta. Fico muito feliz por esta oportunidade”, afirmou o jogador em sua entrevista coletiva.
Não vou entrar no mérito da questão técnica do atleta, pois essa avaliação teria por obrigação, ter sido feita pelas pessoas responsáveis pela Base Santista!
O que me incomoda, é o alto índice de jogadores que chegam ao clube com seus 12, 13 anos de idade, muitos deles passam a ser responsabilidade do Santos, inclusive morando nos alojamentos do Santos, e após anos de investimentos em sua formação, não apenas técnica como jogador, mas também formação social como Homens, deixam o clube sem que todos esses anos de investimentos, sejam sequer ressarcidos!
No caso do Zagueiro Santista, foram 5 anos e 5 meses vestindo essa camisa!
É preciso que se crie um mecanismo de proteção ao clube formador, obrigando que após anos investindo na formação do jogador, o mesmo seja obrigado como forma de ressarcimento, a dedicar no mínimo seus primeiros cinco anos como atleta profissional, ao clube que o formou, não podendo o mesmo, recusar a proposta salarial que o clube lhe fizer!
(Crédito: Imagem: Ivan Storti/Santos FC)