Gestão e Negócios

Compreenda a estratégia financeira do Santos para reduzir o impacto negativo da queda de receitas em 2024.

Alô Nação Santista! Saudações Alvinegras!

Na última segunda-feira, (08), durante uma entrevista coletiva na Vila Belmiro, o presidente Marcelo Teixeira apresentou um panorama da crise financeira enfrentada pelo Santos.
De acordo com ele, o déficit deixado pela gestão anterior de Andres Rueda em 2023 é de R$ 73.621.105,00. Atualmente, a folha salarial do departamento de futebol atinge a marca de R$ 16 milhões.
O objetivo da diretoria do Peixe é diminuir pela metade os gastos com salários no departamento de futebol masculino profissional.

Dentre as obrigações, (Compromissos) imediatos que o clube precisa saldar, é necessário efetuar o pagamento de R$ 10,9 milhões até o dia 10 de janeiro. Além disso, há um déficit adicional de R$ 62,6 milhões.
Para quitar esses montantes, o clube dispõe de aproximadamente R$ 140 milhões, provenientes da receita gerada através de negociações já concretizadas com jogadores que foram vendidos ou cedidos por empréstimo!
Até o momento, o Santos negociou oito jogadores do elenco!
Além disso, a saída desses jogadores já representa uma queda de R$ 3,1 milhões por mês em salários.

Confira os jogadores negociados e os valores já arrecadados

  • Dodi: R$ 4,9 milhões – repassado 100% ao Grêmio.
  • John: 1,2 milhão de dólares (R$ 5,8 milhões) + bônus de 100 mil dólares (R$ 487,7 mil) após 40 jogos como titular – 75% repassado ao Botafogo e 25% do Santos.
  • Jean Lucas: 6 milhões de euros (R$ 32 milhões) – repassado 100% ao Bahia.
  • Gabriel Pirani 1,3 milhão de dólares (R$ 6,3 milhões) – repassado 100% ao DC United o Santos fica com 30% de mais valia.
  • Lucas Braga 200 mil dólares (R$ 975 mil) – emprestado, com Santos tendo 80% de seus direitos.
  • Marcos Leonardo 18 milhões de euros (R$ 96,2 milhões) – 100% repassado ao Benfica o Santos fica com 10% de mais valia.

Eliminado da Copa do Brasil e rebaixado pela primeira vez na história, para a Série B do Campeonato Brasileiro, o Santos enfrentará um ano de muitas dificuldades financeiras. No entanto, o clube já vem planejando e tomando medidas práticas, para se adaptar a essa nova realidade, e reduzir ao máximo o impacto significativo que sofrerá com a queda de receitas em 2024
Em linhas gerais, é possível que o faturamento do clube sofra uma redução de até R$ 100 milhões em 2024.

Essa estimativa leva em conta diversas fontes de receita, tais como direitos de transmissão, premiações, associados e venda de ingressos.
Uma grande perda que o Santos enfrentará, está relacionada aos direitos de transmissão televisiva.
Na Série A, o clube contava com uma segurança financeira ao receber anualmente um valor considerável, composto pela cota do Pay-Per-View, além das quantias provenientes da TV aberta, TV fechada e premiação por desempenho.

A maior perda será percebida, quando o Santos terá que escolher entre receber a receita do pay-per-view ou a cota fixa de TV, que é de “apenas” R$ 10 milhões. Assim, o prejuízo seria de aproximadamente R$ 65 milhões apenas no Brasileirão.

Quanto à Copa do Brasil, o pagamento dos direitos de transmissão é totalmente baseado no desempenho dos clubes. Na última edição, o Santos foi eliminado nas oitavas de final e recebeu R$ 8,5 milhões.
Ao ficar de fora da Copa do Brasil, o Santos tem apenas 50 jogos garantidos em 2024 – 12 do Paulistão e mais 38 da Série B.
A título de comparação, a média das últimas temporadas foi de 63 partidas por ano.

Com jogos em menor quantidade e com menos apelo de público, as receitas de bilheteria sofrerão uma redução significativa. Dependendo da mobilização da torcida, o quadro associativo do clube também pode ser impactado.

Falamos das coisas do Santos, sempre com a parceria e o apoio dos nossos anunciantes!

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