O Santos se esqueceu de como fazer a Vila Belmiro ser um diferencial positivo
Alô Nação Santista! Saudações Alvinegras!
Quando falamos de um desperdício de 25 pontos em jogos em sua própria casa, durante um campeonato difícil como o Brasileiro, não estamos tratando simplesmente de estatísticas frias. Estamos diante de um sintoma profundo de um clube que perdeu sua identidade e sua capacidade de ser referência dentro de seus próprios domínios.
O Santos, historicamente conhecido pelo seu excelente aproveitamento na Vila Belmiro, tornou-se nos últimos anos, especialmente em 2025, o terceiro pior mandante de toda a Série A, com apenas 44,4% de aproveitamento em casa.
Para colocar essa catástrofe em perspectiva: com 25 pontos deixados apenas em suas apresentações caseiras no Brasileirão, o Alvinegro Praiano acumula 8 vitórias, 9 empates e 13 derrotas em 30 rodadas, estacionando na 17ª colocação com apenas 33 pontos.
Se tivesse conquistado aqueles 25 pontos em casa, o Santos estaria com 58 pontos , o que o colocaria na zona de Libertadores — uma diferença abismal entre a esperança e a realidade.
O Fator Casa
O fator casa é, inquestionavelmente, um dos fatores fundamentais que sustentam qualquer campanha digna, principalmente em um Campeonato longo e de pontos corridos como é o caso do campeonato brasileiro com 38 rodadas.
Tradicionalmente, os grandes clubes brasileiros constroem suas permanências na elite, (Série-A), aproveitando o mando de campo para acumular pontos que servem como compensação contra os tropeços inevitáveis fora de seus domínios.
O Santos simplesmente não conseguiu fazer isso.
Segundo os dados disponíveis, em seus 15 primeiros jogos em casa no Brasileirão 2025, o Peixe conquistou apenas 20 pontos: 5 vitórias, 5 empates e 5 derrotas.
Pior ainda: criou 27 grandes chances nesses mesmos 15 jogos, mas desperdiçou 17 delas, um retrato desanimador da ineficiência ofensiva, mesmo quando o time tem a oportunidade de explorar o “Fator Casa” jogando com o apoio de sua torcida na Vila Belmiro.
O Santos convive com problemas, que nenhum dos últimos treinadores conseguiu resolver: Falta de criatividade no sistema ofensivo, ausência de velocidade nas transições, defesa desorganizada que sofre 1 gol a cada 62 minutos, e talvez o mais preocupante: uma total falta de mentalidade vencedora nos confrontos diretos e tidos como “Confrontos de Seis Pontos”.
Campanha preocupante: Pior que a de 2023 Ano do Rebaixamento
Quando examinamos a campanha do Santos em 2025, até agora (31 Jogos), encontramos números que assustam até mesmo os mais otimistas. Com 33 pontos, o Alvinegro Praiano está na 17ª posição na tabela, 1 pontos abaixo do Vitória, primeiro clube imediatamente fora da zona de rebaixamento.
Suas chances matemáticas de queda para a Série-B estão em 50.5%.
Ataque Impotente e Defesa Frágil
Para entender os 25 pontos perdidos em casa, é essencial compreender o desequilíbrio estrutural de Santos.
O time marca em média 0,96 gol por jogo, mas sofre 1,46.
Mesmo na Vila Belmiro, onde deveria existir uma superioridade clara, essa disparidade prevalece.
O índice de conversão de finalizações é absolutamente preocupante: apenas 7% dos chutes resultam em gol, com uma média de 12,9 finalizações por jogo, número que sobe para 15,7 em casa, mas a eficiência continua absurdamente baixa. Isso significa que o Santos está cria oportunidades, mas simplesmente não sabe concluir.
Na defesa, o cenário é igualmente caótico. Com o saldo de -14 em 31 rodadas (31 gols marcados contra 45 sofridos), o time não tem desperdiçado apenas chances de vencer, como também comete erros defensivos que custam pontos preciosos mesmo quando deveria estar protegendo sua meta.
As Consequências Imediatas e Futuras
Os 25 pontos deixados em casa no Brasileiro têm consequências devastadoras:
- Impossibilidade de escapar confortavelmente da Zona:
Com apenas 33 pontos em 31 Jogos, o Santos não tem margem de erro.
Qualquer deslize adicional o coloca definitivamente na zona de rebaixamento. O clube não conseguiu construir aquela chamada “Gordura” margem de segurança que equipes competentes constroem em seus domínios. - Pressão Psicológica nos Jogos Restantes:
Nos 4 jogos que ainda restam na Vila Belmiro (Palmeiras, Mirassol, Sport e Cruzeiro), o Santos entra sob enorme pressão.
Não é mais possível um aproveitamento normal, sendo necessário ganhar praticamente tudo.
Essa pressão frequentemente gera mais erros, e mais derrotas. - Dependência dos Jogos Fora de Casa:
Se o fator casa falhar, o Santos precisaria ser excelente fora.
Porém: Não será mantendo um aproveitamento inferior a 15% fora de seus domínios, que vai chegar nos objetivos traçados! - Queda Psicológica da Torcida:
A Vila Belmiro, que deveria ser um estádio intimidador para adversários, tornou-se um local de ansiedade e incerteza.
A torcida, historicamente fervorosa, começou a duvidar.
Quando a confiança da torcida desaparece, o fator casa deixa de ser uma vantagem.
A Questão que não quer calar: Como um Grande Clube como o Santos chegou nessa situação?
O Santos é um clube de tradição histórica, com títulos Regionais, Estaduais, Nacionais, Sul-americanos, Mundiais e Intercontinentais, com passado glorioso. Como pode um clube que encantava o Mundo com seu futebol mágico, um clube cujo futebol ainda detém a marca de ser o clube que mais gols já marcou no mundo da bola, (13.056), chegou a uma situação onde 25 pontos desperdiçados em casa o colocam à beira de um segundo rebaixamento em três anos?
A resposta está em uma combinação de fatores: Gestão deficiente, falta de direcionamento tático consistente, renovação de elenco feita aleatoriamente, e uma falta crônica de identidade de jogo.
O Santos não sabe o que quer ser em 2025.
O time não tem um sistema claro de jogo definido, não tem uma filosofia de ataque definida, e não tem uma estrutura defensiva que funcione.
Conclusão:
Com 4 jogos ainda por disputar na Vila Belmiro, e 3 fora de casa, o Santos ainda pode escapar da zona de rebaixamento, mas nesse momento essa parece ser uma missão quase impossível para um clube que está vivendo no limite estatístico, psicológico e emocional.
Onde deveria existir otimismo, hoje existe apenas ansiedade, desespero e um futuro extremamente incerto.
E em um campeonato tão competitivo e imprevisível como o Brasileiro, onde a margem entre permanência e queda é medida em poucos pontos, esse fracasso pode representar a diferença entre seguir na elite e voltar para a Série-B um destino que o Santos já experimentou uma vez e jurou nunca mais experimentar!
Falamos das coisas do Santos, sempre com a parceria e o apoio dos nossos anunciantes!

